quinta-feira, 1 de maio de 2008

Princesa negra na Disney??? Nem acreditei...


No meu perfil postei a imagem de uma personagem negra que na verdade não conhecia, olha o que descobri sobre ela, sem querer no blog: sol.sapo.pt/blogs/anatarouca/default.aspx?p=2 .
Já é um começo...Quem sabe aos poucos as Barbies negras não chegam à todas as lojas...Com corpo e cabelo de negra é claro....

"Em 1999, numa manobra de marketing astuciosa, a Disney reuniu as suas oito princesas (Branca de Neve, Cinderela, Bela Adormecida, A Pequena Sereia, Bela, Jasmine, Mulan e Pocahontas) sob a marca registada Princesas Disney, e que já gerou receitas na ordem dos 3 biliões de dólares. Quem tem filhas pequenas de certeza que já comprou 1 brinquedo, ganchinhos, lápis, estojo, caderno, camisola, edredon, os filmes, os livros, as toalhas de praia, até peças de mobiliário... a lista é interminável.

Agora, está uma nova princesa a ser criada para se juntar às já existentes. Pois é, a Walt Disney Co. está a preparar um novo filme de animação que define como um conto de fadas americano. Trata-se de um musical de seu nome The Princess and the Frog: a banda sonora está a cargo de Randy Newman, que já conta com 17 nomeações para os Óscares.

A grande novidade é que esta é a primeira heroína negra da Disney (ou Afro-Americana, como os americanos tão politicamente correctos gostam de chamar). Chama-se Tiana, tem cerca de 19 anos e é dona de uma personalidade forte e voluntariosa. A acção decorre em Nova Orleães, por volta de 1920, em pleno apogeu da cultura Jazz. A sua fada madrinha é uma sacerdotisa voodoo, Mama Odie.

Nova Orleães foi o local escolhido de forma propositada: o director executivo da Disney, Robert Iger afirma que a história desta princesa negra se situará nesta cidade americana num gesto de solidariedade depois da tragédia sofrida pela devastação do Furacão Katrina.

Este filme, que marca o retorno dos Estúdios Disney à animação tradicional (2 D), depois de Home on the Range em 2004, estará em exibição nas salas de cinema a 18 de Dezembro de 2009.

Os realizadores do filme são John Musker e Ron Clements, os mesmos de Ariel, a Pequena Sereia, Aladino e Hércules. Além da realização têm também a seu cargo o argumento e a luta em grandes polémicas que já começaram a surgir: as vozes da controvérsia já começaram a insurgir-se contra todos os sinais de preconceito racial e esteriótipos esclavagistas passíveis de serem associados ao primeiro filme com uma protagonista “afro-americana”. As vozes da reacção obrigaram mesmo a algumas manobras defensivas por parte da Disney.

Quando o argumento foi apresentado aos meios de comunicação social, descreveram a protagonista como uma jovem negra, de classe baixa, criada de quarto de profissão e de nome “Maddy”. Realmente os factos apresentados não mostram grande relação com um título real: de camareira a princesa ainda vai um longo caminho! (Ah, acho que tanto Jennifer Lopez como Julia Roberts (Pretty Woman) já entraram em argumentos em que passaram de uma condição para a outra em velocidade torpedo!)

Reflectindo seriamente, mas não muito, sobre a questão, nem Mulan nem Pocahontas, dignas representantes da marca “Princesas Disney”, pertencem à realeza mas partilham de forma descomplexada e generosa o título monárquico com as outras heroínas, reais princesas por filiação ou casamento.

A deitar mais achas para a fogueira, parece que o nome “Maddy” apresentava para alguns conotações negativas, associadas às classes negras desfavorecidas norte-americanas.

Perante as pressões da opinião pública (ou publicada), a Disney viu-se obrigada a dar a volta à questão. De uma assentada mudou o nome do filme de The Frog Princess para The Princess and the Frog, e a protagonista deixou de ter nome de sopeira para ser referenciada por algo mais exótico, Tiana.

Aguardemos pois pelo Natal de 2009, na certeza de que um novo rosto e novos produtos de merchandising Disney irão atacar o nosso orçamento familiar. Pelo menos, que o filme prime pela qualidade da animação e da música e por mensagens isentas de preconceitos."

2 comentários:

Mauren Motta Comunicação e Mkt disse...

Oi querida! bem vinda a bloglândia. beijos, mauren.

Milena Cassal disse...

Quanto mais referências as crianças negras tiverem, melhor será seu desempenho na vida.Se ver, ter algo ou alguém como exemplo em qualquer que seja o meio pode ser uma das opções para
o crescimento das representações negras na nossa sociedade.
Carol, tá muito legal...tu bomba amiga!
te adoro
bjo